Puro Deleite

Este fim de semana andei às voltas com as receitas de Pannacotta que encontrei... Experimentei algumas mas, resumindo e baralhando, o melhor resultado foi alcançado com uma receita aproximada à original (uma adaptação à minha maneira). 

Mais uma vez temos a Itália à mesa mas, desta feita, devido às insistentes solicitações de certas e determinadas senhoras (Zé e Isabel, esta é para vocês).

Panna Cotta significa "nata cozida" em italiano e esta sobremesa, embora discreta, marca de forma elegante qualquer refeição, seja ela mais ou menos formal. Isto é, brilharete garantido com esforço mínimo. Perfeito!

PANNACOTTA COM COULIS DE ACEROLA

Pannacotta

8 unidades

400 ml de natas

4 colheres de sopa de açúcar

3 folhas de gelatina incolor

2 colheres de café de essência de baunilha

Demolhar as folhas de gelatina numa taça com água fria.

Numa caçarola, colocar as natas com o açúcar e deixar levantar fervura. Mexer frequentemente e deixar ferver por dois minutos.

Espremer a gelatina e adicionar às natas. Mexer sempre até engrossar ligeiramente. Retirar do lume a acrescentar a essência de baunilha. 

Verter para as tacinhas. Pode ser qualquer recipiente desde formas de pudins, taças de vidro ou pirex, copos de vidro (fazem uma óptima apresentação)... fica à sua imaginação.

Deixar arrefecer antes de colocar no frigorifico. No frigorifico ficam o tempo suficiente para solidificarem, pelo menos 2 horas.

Desenformar a Pannacotta é muito mais dificil que elaborá-la ou mesmo comê-la... Para a desenformar com sucesso, retire a forma do frigorifico com alguns minutos de antecedência. Separe a sobremesa da forma com a ajuda de uma faca e vire-a sobre o prato onde vai ser servida. Humedeça um pano com água quente e aplique sobre a forma. Mesmo com estes truques todos não estamos isentos de nos irritarmos com a maravilha calórica que queremos mostrar aos amigos... Tenha paciência  se não fôr à primeira. Sempre pode disfarçar as imperfeições com a decoração.

Coulis de Acerola

100 g de polpa de acerola congelada (1 embalagem)

1/2 chávena de chá de açúcar

Colocar a polpa num tacho pequeno juntamente com o açúcar e deixar ferver até reduzir um pouco, mexendo sempre. Coar para outro recipiente e deixar arrefecer. Servir com a Pannacotta.

Coulis é uma palavra francesa, derivada do latim "cóláre" que significa "coar". Trata-se pois de um molho feito à base de puré de fruta ou vegetais, coado no final da preparação.

Para esta receita, tentei fazer um coulis de goiaba mas o resultado não correspondeu às minhas expectativas... Não tinha nem a cor nem o sabor que eu esperava. Foi então que vi, no congelador do supermercado, estas pequenas e sorridentes embalagens de polpa de fruta. Escolhi a acerola porque não conhecia e decidi arriscar. 

A acerola ou cereja-das-antilhas é uma fruta tropical com sabor ácido, muito rica em vitamina C. Ficou divinal!

A decoração foi feita com figuras de caramelo. Muito simples de fazer! Basta preparar um pouco de caramelo numa frigideira. Quando o caramelo está a arrefecer, retira-se uma porção com uma colher e desenham-se os circulos sobre uma folha de papel vegetal. Deixa-se arrefecer, retira-se do papel e coloca-se na sobremesa.

Vamos fingir que o sol não se pôs

Fazer de conta que não é hora de voltar

Olhar para o céu e afirmar que é dia

Que esta luz não é o luar.

SABORES DO ORIENTE PARA TI...

True Blue (Realmente Fiel / Azul Verdadeiro), nome do terceiro album da Madonna. Inspirei-me nela para confeccionar estes pratos, pois são os seus favoritos...

CARIL DE FRANGO COM ABACAXI

INGREDIENTES

1 galinha (1,5kg)

4 colheres de sopa de caril em pó 1 dente de alho

Gengibre

Ananás

1dl de azeite

2 cebolas grandes picadas

1/2 l de leite de coco

Sumo de ½ lima

Sal

PREPARAÇÃO

Limpe a galinha e corte em pedaços.

Num tacho com azeite aloure as cebolas cortadas em rodelas; junte os pedaços de galinha, tempere e deixe alourar.

Incorpore o caril, o ananás e o gengibre, misturando bem os ingredientes. Deite o leite de coco e tape o tacho deixando cozinhar até a galinha ficar macia.

Coloque numa travessa, acompanhando com o arroz basmati.



CARIL VEGETARIANO

INGREDIENTES

1 cebola picada grosseiramente

1 cenoura grande cortada aos cubinhos

1 pedaço de pimento verde ou vermelho

1 lata pequena de grão de bico

1,5 dl de leite de coco

2 colheres de sopa de caril em pó

1 fio de azeite

Alho francês

1 courgette

Ervilhas

Sal q.b.

1 cravinho

PREPARAÇÃO

Faz-se um refogado com a cebola, a cenoura e um fio de azeite.

Acrescenta-se o alho francês, pimento, grão e a courgette, temperando-se com um pouco de sal, acrescentando um pouco de água e deixando cozinhar. Junta-se o caril em pó, o leite de coco e os restantes vegetais e deixando cozer em lume brando, até o molho atingir uma consistência espessa.

Serve-se bem quente.

Podem utilizar outros legumes, mais ao gosto de cada um, não existindo uma regra muito rigida, embora o grão seja um dos elementos principais na feitura deste Caril Vegetariano.

Viva la fiesta!

Este fim de semana que passou foi marcado pela festa do sexto aniversário da minha filha mais velha. Como seria de esperar, foi uma maratona de culinária entre sexta e sábado em que testei a paciência do agregado familiar, a minha saúde mental e a resistência do meu forno. 

Faço sempre uma lista do que quero fazer, outra com os ingredientes e, por fim, um esquema de confecção que me permita poupar tempo. Nem tudo corre sempre bem... Algumas receitas são eliminadas cedo, outras por desistência e outras ainda por insucesso. Acontece... Desta vez, foi um hipoteticamente maravilhoso bolo de ananás que conheceu o fundo do meu balde do lixo em vez do fundo de um prato de serviço... Perdem-se umas... mas nem todas.

Estas foram algumas das receitas que fiz para a festinha, entre outras que não tive oportunidade de fotografar. Mas estes doces correram bem. Neste post vou mostrar melhor apenas uma destas receitas...

BOLO DOS TRÊS LEITES

Bolo

100 g de manteiga

5 ovos

1 chávena de chá de açúcar

1 e 1/2 chávenas de farinha

1 colher de chá de fermento em pó

1 colher de café de aroma de baunilha

Pré-aquecer o forno a 180ºC.

Bater a manteiga com o açúcar até obter um creme fôfo e esbranquiçado. Juntar os ovos um a um, bem como a baunilha e continuar a bater. Misturar a farinha com o fermento e adicionar ao creme.

Untar uma forma ou cobrir com papel vegetal e verter a massa. (Na receita original, este bolo é confeccionado num pirex.) Vai ao forno por aproximadamente 30 minutos.

Uma vez cozinhado, deixar arrefecer.

Calda

1 chávena de leite evaporado

1 chávena de leite

1 lata de leite condensado

Misturar os leites e verter sobre o bolo previamente perfurado. Cobrir com película aderente e guardar no frigorífico.

Cobertura

400 ml de natas

4 colheres de sobremesa de açúcar em pó

Bater bem as natas e juntar o açúcar. Voltar a bater.

Cobrir o bolo, espalhando o creme com uma espátula.

Decoração

50 g de chocolate

Derreter o chocolate em banho-maria ou no micro-ondas. Colocar o chocolate derretido e ligeiramente arrefecido num saco de pasteleiro com um bico fino. Desenhar as formas pretendidas com o chocolate sobre um tapete de silicone ou folha de papel vegetal e reservar no frigorífico até solidificar. Decorar a gosto.

 

 

  "E é amar-te assim, perdidamente...

E é seres alma e sangue e vida em mim...

E dizê-lo, cantando, a toda a gente!"

Florbela Espanca

Brilho de festa

Hoje foi um dia muito especial. E nos dias especiais brindamos à saúde e felicidade dos que mais amamos e esperamos que os nossos votos sejam eternos. O riso das crianças e as canções intemporais enchem o ambiente e, por momentos, o tempo pára. O mesmo tempo que parece ser tão pouco e tão esquivo nas horas comuns, desce do trono e senta-se ao nosso lado. Neste instante, sente-se o calor do chá branco e o aroma deste doce que a mãe fez com todo o carinho.

BOLO DE CENOURA COM 

GANACHE DE CHOCOLATE

Ingredientes

2 chávenas de chá de açúcar

4 ovos

2 chávenas de farinha

1 colher de chá de fermento em pó

1 colher de chá de canela

3 cenouras médias raladas

1 laranja (raspa)

1 chávena de óleo

Pré-aquecer o forno a 180ºC.

Juntar os ingredientes um a um, batendo bem entre cada adição.

Untar uma forma ou forrar com papel vegetal e verter a massa no interior. Eu utilizei um tabuleiro quadrado mas o bolo pode ser feito em qualquer forma ou mesmo na forma de queques.

Coze durante 25 - 30 min. Deixar arrefecer antes de desenformar.

À parte, prepara-se o ganache de chocolate:

200 g de chocolate (de preferência negro)

200 ml de natas

Colocar uma taça em banho-maria com os ingredientes e mexer até o chocolate derreter e incorporar nas natas e formar um creme homogéneo e brilhante. Depois de arrefecer um pouco, verte-se sobre o bolo e espalha-se com uma espátula ou colher.

Prontíssimo!

"O correr das águas

A passagem das nuvens

O brincar das crianças

O sangue nas veias.

Esta é a música de Deus."

Hermann Hesse

FOI UM BOM FIM DE SEMANA…

Um Sol maravilhoso durante dois dias para carregar as Almas…


"Todo o prazer é um vício, porque buscar o prazer é o que todos fazem na vida, e o único vício negro é fazer o que toda a gente faz"

Fernando Pessoa

Livro do Desassossego

Prazer

Lasagne di verdure

L’arte d’arrangiarsi, uma expressão italiana maravilhosa, ou seja a arte de fazer alguma coisa a partir do nada.

A arte de transformar alguns ingredientes simples numa festa ou uma reunião de amigos num festival.

Foi o que tentei fazer e penso que consegui.

Para acompanhar a confecção do prato ouvi MGMT – Electric Feel , Yeah Yeah Yeahs – Y Control, The National – Fake Empire

INGREDIENTES PARA 4 PESSOAS


1 EMBALAGEM DE MASSA PARA LASANHA


2 COGUMELOS FRESCOS GRANDES

1 CENOURA GRANDE


2 TOMATES PEQUENOS

1 CEBOLA ROXA

½ ALHO FRANÇES

1 DENTE DE ALHO


ESPINAFRES DUAS MÃOS CHEIAS


1 CHÁVENA DE CHÁ DE ERVILHAS


1 GOMO DE PIMENTO VERMELHO


2 CHÁVENAS DE CHÁ DE AZEITE


1 CHÁVENA DE CAFÉ DE VINHO BRANCO


SAL A GOSTO


PIMENTA MOIDA A GOSTO


3 COLHERES DE SOPA DE POLPA DE TOMATE

QUEIJO MOZZARELA A GOSTO

SEMENTES DE SÉSAMO A GOSTO

 

PARA O MOLHO BECHÁMEL


MARGARINA 6 COLHERES DE SOPA BEM CHEIAS


6 COLHERES DE SOPA FARINHA


LEITE


NOZ MOSCADA A GOSTO


PIMENTA A GOSTO

SAL A GOSTO






Começo por preparar todos os legumes, cortando todos eles. Coloco o azeite numa frigideira anti-aderente e funda, pico o alho e deixo este fritar ligeiramente.

Todos os legumes são colocados na frigideira, temperam-se e deixo envolver.

Refresco o preparado com o vinho branco, por fim junto os cogumelos e deixo refogar durante 15 minutos em lume brando.


Para o molho bechamel, confesso que tive de fazer por duas vezes…

Coloco num tacho a margarina e deixo derreter, junto a farinha e vou mexendo continuamente com um batedor de claras manual, tenho o cuidado de não deixar grânulos. Rapidamente vou misturando o leite até ganhar uma consistência cremosa, junto o sal, noz-moscada e pimenta a gosto.

 

Num tabuleiro fundo vou começando as camadas da lasanha com a seguinte ordem :

Molho Bechamel, massa, legumes, molho bechamel, massa … mantenho esta ordem terminando com a massa a qual é coberta com molho bechamel, queijo Mozzarela e sementes de sésamo.

Entretanto já pré-aqueci o forno, tapo o tabuleiro com folha de alumínio e coloco no forno a 160 graus durante 30 minutos, mesmo no fim destapo o tabuleiro e deixo alourar.

succosa e deliziosa…

Sem tempo?

Foi com alguma pressa que joguei os ingredientes destas queijadas para a taça e as larguei no forno. É, portanto, um doce que não nos exige muita atenção, nem reclama do nosso estado de espirito... Haja alguém!

QUEIJADAS DE REQUEIJÃO EM 

MASSA BRICK

O que precisa...

12 queijadas

250 g de requeijão de ovelha

120 g de açúcar

2 ovos

1 laranja

1 limão

1 embalagem de massa brick

Manteiga

Pré-aquecer o forno a 180ºC.

Mistura-se o requeijão com o açúcar e bate-se muito bem. Adicionam-se as raspas das cascas da laranja e do limão (ou de apenas um destes citrinos) e continua a bater. Juntam-se as gemas a esta mistura. Numa taça, batem-se as claras em castelo e envolvem-se na mistura de requeijão.

À parte, estende-se a massa brick numa superfície lisa. A massa brick pode ser comprada preparada e, normalmente, é composta por duas folhas de massa sobrepostas. Cortam-se circulos de massa, de diâmetro superior ao das formas. Com manteiga derretida, pincelam-se as formas. Pincelam-se também os circulos de massa e sobrepõem-se três folhas. Forram-se as formas com a massa. Verte-se a mistura de requeijão para as formas com a ajuda de uma colher e colocam-se num tabuleiro de ir ao forno. Cozem durante 30 a 40 minutos, até ficarem douradas.

Nota importante:

Evite utilizar requeijão que contenha leite de cabra uma vez que este tem um sabor intenso e ligeiramente picante.

"Só existem dois dias no ano em que nada pode ser feito. 

Um chama-se ontem e o outro chama-se amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver."

Dalai Lama

Sweets for my sweet ... Chocolate for my honey

Quando se tem em casa o maior apreciador de chocolate da galáxia, fazer uma simples mousse pode ser um desafio... Acertar com o sabor, a consistência, até a quantidade... nem sempre é fácil. No entanto, vamos tentando várias receitas na senda da Mousse de Chocolate perfeita! Foi no site da Nigella Lawson que encontrei uma receita diferente que decidi experimentar hoje. Não é nada convencional, mas tem vantagens sobre as outras receitas. É óptima e é segura para festas em dias mais quentes. (Sobretudo festas com crianças!!).

MOUSSE DE CHOCOLATE COM 

MARSHMALLOWS

Para a Mousse:

6 taças

250 g de chocolate

50 g de manteiga

60 ml de água quente

150 g de marshmallows (aquelas gomas fofas)

280 ml de natas

1 colher de sobremesa de aroma de baunilha (facultativo)

Começa por colocar uma taça em banho-maria e derreter o chocolate com a manteiga, a água e os marshmallows, mexendo sempre com as varetas. Os marshmallows são os últimos a derreter...

Quando se conseguir uma mistura homogénea e brilhante, reserva-se. 

Noutra taça, batem-se as natas com a baunilha até ficarem firmes. 

Por fim, envolve-se a mistura de chocolate nas natas sem bater. 

Verte-se a mousse nas taças de serviço e vai ao frigorifico para refrescar. Fica pronto a servir em 30 minutos!

Hoje, decorei com nozes macadâmia picadas e espirais de caramelo.

Para as espirais de caramelo é necessário

uma chávena de café de açúcar e uma colher de chá de água.

Depois de formado o caramelo, deixa-se escorrer da colher

de modo a formar um cordão e enrola-se para formar a espiral,

em redor de um objecto cilíndrico (5 - 10 mm de diâmetro), untado com óleo.

Quando o caramelo arrefece, separa-se do cilindro mantendo a forma da espiral.

Requer algum treino...

"Chocolate é a forma da Natureza nos 
compensar pelas segundas-feiras..."

Anónimo

Guten Appetit!

BIFE DOS 5 SENTIDOS (COMIDA...PARA DOIS)

Bebida é água!

Comida é pasto!

Você tem sede de quê?

Você tem fome de quê?...

A gente não quer só comida

A gente quer comida

Diversão e arte

A gente não quer só comida

A gente quer saída

Para qualquer parte…

A gente não quer só comida

A gente quer bebida

Diversão, ballet

A gente não quer só comida

A gente quer a vida

Como a vida quer...

A gente não quer só comer

A gente quer comer

E quer fazer amor

A gente não quer só comer

A gente quer prazer

Prá aliviar a dor...

A gente não quer

Só dinheiro

A gente quer dinheiro

E felicidade

A gente não quer

Só dinheiro

A gente quer inteiro

E não pela metade...

Desejo, necessidade, vontade

Necessidade, desejo, eh!

Necessidade, vontade, eh!

Necessidade...

TITÃS

Composição: Arnaldo Antunes / Marcelo Fromer / Sérgio Britto

INGREDIENTES PARA DUAS PESSOAS

4 BIFES PEQUENOS DE VITELA

1 DENTE DE ALHO

6 COLHERES DE SOPA DE AZEITE

SAL A GOSTO

MISTURA DE PIMENTAS MOIDA

2 BATATAS GRANDES

PARA O MOLHO

2OOG DE FRUTOS SILVESTRES FRESCOS OU CONGELADOS

2 COLHERES DE SOPA DE AÇUCAR

1 COLHER DE SOPA DE VINHO DO PORTO

1 PAU DE CANELA

FOLHAS DE HORTELÃ A GOSTO

Começo por arranjar os bifes retirando toda a gordura, tempero com sal e pimenta. Arranjo as batatas utilizando o ralador de cenouras.

Num tacho coloco os frutos silvestres, com o açúcar, vinho do porto e pau de canela, vou mexendo em lume brando até ficar caramelizado, apago o lume e junto a hortelã.

Coloco o azeite juntamente com o alho muito picado numa frigideira antiaderente, deixo o alho fritar ligeiramente, nesta fase frito os bifes não deixando que fiquem demasiado secos.

Ao mesmo tempo, frito as batatas em óleo bem quente, podem utilizar um passador metálico para que fiquem com a forma de ninho. Volto a aquecer o molho para colocar sobre os bifes.

Sublime…

Mamma Mia...

ZUCCOTTO DE CHOCOLATE E 

MORANGOS

Existem dias em que nos apetece exagerar, fazer algo diferente, tentar ultrapassar as nossas expectativas e esperar a surpresa do resultado. Foi com uma inspiração semelhante que me lancei na confecção desta sobremesa. Não é a primeira vez que faço este "bolo", contudo, nunca o fiz duas vezes da mesma maneira... e a vantagem das sobremesas é que se pode alterar e adaptar a receita mas o resultado é sempre doce!

O Zuccotto é uma sobremesa de origem italiana, que pode ser feita com os ingredientes que mais gostarmos. Já experimentei com mousses de chocolate (negro, de leite e branco), com frutos secos (alperces secos, amêndoas, avelãs e pinhões) e, agora, com frutos vermelhos. É experimentar!

Vulgarmente não lhe costumamos chamar Zuccotto (embora seja esse o seu verdadeiro nome). Cá em casa, e para os amigos, é o "Bolo Bomba". Vá-se lá saber porquê!? Seja pela semelhança com o engenho explosivo ou pela sua carga calórica, a verdade é que o dito bolo é uma autêntica arma de destruição massiva das dietas mais controladas.

Zuccotto significa "pequena abóbora" em italiano e, por isso, está condenado ao aspecto de meia esfera que o caracteriza. Vale a pena o trabalho que dá!

A confecção desta sobremesa pode dividir-se em três fases.

Fase I - Bolo de Chocolate

2 chávenas de chá de açúcar

4 ovos

2 chávenas de chá de farinha

1 colher de sobremesa de fermento em pó

1 chávena de chá de chocolate ou cacau em pó

1 laranja (raspa) - reservar o sumo

1 chávena de chá de óleo

1 chávena de chá de água quente

Pré-aquecer o forno a 180ºC.

Juntar o açúcar e os ovos e bater bem até conseguir uma mistura clara. Juntar os restantes ingredientes pela ordem indicada, batendo bem entre cada nova adição.

Verter a mistura para uma forma previamente untada e enfarinhada. A forma não deve ter chaminé, podendo ser redonda ou quadrada.

Levar ao forno durante 30 minutos. Uma vez cozinhado, retirar do forno e deixar arrefecer.

Forrar uma taça com cerca de 25 cm de diâmetro, com película aderente. Depois de frio, cortar o bolo de chocolate ao meio no sentido horizontal e colocar uma metade sobre a película aderente de modo a forrar o interior da taça. Aplicar alguma pressão de modo a que o bolo não perca o formato da taça. Nesta altura, rega-se o bolo com o sumo de laranja. Reserva-se no frigorifico.

Fase II - Recheio 

50 g de açúcar

4 colheres de sopa de água

500 g de queijo ricotta ou queijo fresco batido

8 morangos

50 g de pepitas de chocolate

2 folhas de gelatina incolor

Levar ao lume uma pequena caçarola com o açúcar e 2 colheres de sopa de água e deixar formar uma calda leve. Misturar, então, a calda de açúcar ao quejo previamente batido e mexer muito bem. Mergulhar as folhas de gelatina em água fria durante 5 minutos e, depois de escorridas, dissolvê-las em 2 colheres de sopa de água a ferver. Adicionar a gelatina em fio à mistura de queijo.

Lavar e secar os morangos e cortá-los em bocados que se adicionam suavemente ao queijo. Envolver, por fim, as pepitas de chocolate com cuidado para não partir demasiado os morangos.

Verter esta mistura sobre o bolo de chocolate aplicado na taça. Cortar o excesso de bolo deixando uma margem de 2 cm acima do creme de queijo e utilizar o restante bolo de chocolate para cobrir o creme, encerrando o recheio do zuccotto. Reservar no congelador durante três ou quatro horas.

Fase III - Cobertura

Ora aqui está, por incrível que pareça, o maior desafio desta sobremesa. Até aqui tudo foi "canja" comparando com o trabalho que tive para conseguir uma cobertura decente e que fizesse justiça e esta delícia... Depois de algumas tentativas, descobri uma receita fantástica no site da não menos fantástica Leonor de Sousa Bastos. E não é que a cobertura é uma maravilha! Fácil, versátil e não fica nem com aquele sabor enjoativo da manteiga nem doce demais. Recomendo vivamente!!! Obrigada Leonor!

240 ml de leite

1 colher de sopa de farinha tipo 55

1 colher de sobremesa de farinha corrente 

220 g de manteiga amolecida

200 g de açúcar de confeiteiro
5 ml de essência de baunilha

Eu utilizei estes ingredientes mas penso que se usar a totalidade da farinha corrente e não tiver essência de baunilha (não é propriamente um bem de primeira necessidade...), a cobertura deve resultar na mesma. O açúcar de confeiteiro, se não tiver em casa, pode fazê-lo, passando o açúcar comum pela picadora.

Misturar as farinhas no leite e levar ao lume numa caçarola, mexendo sempre até engrossar. Verter para um prato fundo e cobrir com película aderente sem deixar ar entre a película e o creme. Reservar até arrefecer.

Bater muito bem a manteiga e o açúcar, adicionado aos poucos até conseguir uma mistura cremosa. Adicionar a baunilha e continuar a bater. Juntar a mistura de farinha e leite já arrefecida e bater energicamente. Durante este processo, a mistura irá apresentar-se grumosa. Não desespere! É mesmo assim... Basta continuar a bater e o creme voltará a ligar.

Retirar o bolo do congelador e virar sobre o prato de serviço. Retirar a película aderente com cuidado.

Aplicar uma camada generosa de cobertura sobre o bolo e espalhar com a ajuda de uma espátula de modo a ficar uniforme. 

Utilizei um saco de pasteleiro para decorar com o que sobrou da cobertura. Também utilizei framboesas e sementes de romã.

"Vamo-nos esquecer que estamos a ficar sem tempo!"

Jason Mraz

Saudades do Sol

Até para alguém como eu, adepta de dias frescos, este Inverno começa a parecer interminável... Dispensando aquele calor abrasador, sinto saudades de um céu azul sem hesitações, da briza com aroma a terra fértil e a vida nova e de um calmo "pic-nic" à sombra... Hummm!

Enquanto este quadro não é possível, decido tratar de aumentar mais um número e arrumar de vez com todas as hipóteses que podia ter de desfilar de bikini no próximo Verão.

Mas hoje é um dia especial! Hoje o Sol tinha de brilhar porque é o dia de aniversário do meu maninho! E estes são para ti... (Quando aì fôr levo-tos - não estes mas outros).

QUINDIM 

Ingredientes:
Para 10 unidades

200 g de açúcar
100 g de côco ralado
6 gemas
50 ml de manteiga derretida

Pré-aquece-se o forno a 220ºC.

Tão fáceis de fazer e tão fáceis de comer... 

Numa taça juntam-se o açúcar e o côco que se envolvem, de seguida, com as gemas. A manteiga derretida vai tornar a mistura mais fácil de trabalhar.

Podem utilizar-se formas pequenas para fazer pudins pequenos ou uma forma maior para fazer um pudim maior. Em qualquer dos casos, as formas devem ser untadas e polvilhadas com açúcar. (É esta mistura que confere o brilho ao pudim). Verte-se o pudim para as formas.

Cobre-se um tabuleiro de forno com um pano de cozinha e verte-se água de modo a molhar o pano na totalidade. Sobre o pano, alinham-se as formas e cobrem-se com papel vegetal (para evitar que fiquem queimados).

Ao fim de 30 minutos estão prontos!

"É muito mais doce imaginar que estamos perdoados, do que pensar que não pecámos."

Thomas Hardy

BUON APPETITO!!

BACALHAU À PORTO (Pataniscas para um ex-campeão)

As pataniscas de bacalhau sempre me fizeram lembrar o Porto, cidade que gosto bastante, boa onda. Um almoço na Ribeira sobre um sol de Inverno ligeiramente nublado e uma luz difusa sobre o Douro, pedem um gostinho de bacalhau com um tinto mais fechado.

Foi o nosso jantar, fiquei nostálgica da Invicta. Para acompanhar a confecção ouvi Clã –Um sopro no coração e Beirut – Nantes.

INGREDIENTES PARA MUITAS PATANISCAS ARROZ DE FEIJÃO

1 POSTA DE BACALHAU

4 OVOS

1 CEBOLA

1 CENOURA

UNS RAMINHOS DE CEBOLINHO

UMA PITADA DE SAL

UMA PITADA DE PIMENTA MOIDA

1 CHÁVENA DE LEITE

150 G DE FARINHA

1 CANECA DE ARROZ AGULHA

½ LATA DE FEIJÃO Á ESCOLHA

½ CEBOLA

½ ALHO

4 COLHERES DE SOPA DE AZEITE

4 COLHERES DE SOPA DE VINHO BRANCO

Começo por colocar a posta de bacalhau a cozer, pico cebola, ralo a cenoura e coloco tudo numa tigela grande. Junto os ovos, o leite e a farinha e bato tudo com vigor.

Depois de cozido, desfio o bacalhau e deixo-o arrefecer. Junto-o ao preparado da tigela com sal e pimenta a gosto. Misturar tudo muito bem e fritar em óleo bem quente, até alourar.

Para o arroz, faço um pequeno refogado com base em azeite com a cebola e o alho. Com a cebola a amolecer, junto o arroz e o feijão, deixo fritar um pouco e refresco com o vinho branco, deixando-o evaporar em lume brando. Juntar água (duas vezes a quantidade do arroz) com sal a gosto. Quando estiver o arroz quase no ponto, apago o lume e tapo o arroz, para finalizar a cozedura. Acompanha com salada de agrião.