Faz hoje três anos que este sítio apareceu na rede, entrelaçado de sentimentos, repleto de emoções... Três anos de partilhas, de experiências, de sensações que se descobrem aos poucos, à medida que a minha paixão por estas vidas vai aumentando e explorando outras dimensões. Este é o meu livro de receitas, algumas criadas aqui mesmo, outras pedidas emprestadas a quem sabe melhor. Sempre com muito carinho, com todo o amor, porque sem amor não vale a pena...
Passaram depressa estes três, venham mais tantos, que a lista de receitas engrossa e eu não quero nem vou parar. Hoje tenho este presente para partilhar, mas já penso no que vem a seguir. E quero que seja cada vez melhor.
Para celebrar escolhi uma receita Neo-Zelandeza, e que me perdoem os Australianos porque sei que a disputa pela origem da receita já dura há muito. Há muitos anos, na década de 20 do século passado, uma famosa bailarina russa, Anna Pavlova, visitou aquelas partes do mundo. Durante a sua estadia num hotel neo-zelandez... o chef presenteou a diva com esta sobremesa, prestando-lhe a homenagem de lhe dar o seu nome.
Agora sei porque lutam pela responsabilidade na criação desta maravilha.
É um sonho!
PAVLOVA
Merengue (eu faço o merengue na véspera)
4 claras de ovo
1 chávena de açúcar em pó
1 colher de chá de essência de baunilha
1 colher de café de cremor tártaro
1 colher de chá de amido de milho
1 colher de sobremesa de vinagre
Pré-aquecer o forno a 180ºC.
Bater as claras até obter picos suaves. Adicionar o cremor tártaro e, sem parar de bater, juntar o açúcar uma colher de cada vez. Continuando a bater, juntar a baunilha, o amido e o vinagre.
Numa folha de papel vegetal desenhar um circulo com cerca de 20 cm de diâmetro. Virar a folha ao contrário (para o merengue não ficar em cima da tinta) sobre um tabuleiro de forno e verter o merengue dentro do círculo. Com uma espátula ou uma colher, espalhar e formar um ninho com o creme, puxando para cima para formar picos.
Colocar o tabuleiro no forno e desligar. Deixar o merengue dentro do forno durante 8 horas ou durante toda a noite.
Fica mesmo bem!!
Na manhã seguinte tem este aspecto... Nada mal hein?
Creme de queijo
200 ml de natas frias
125 g de queijo creme tipo Philadelphia à temperatura ambiente
1/2 chávena de chá de açúcar amarelo fino
Numa taça, bater as natas até obter chantilly. Adicionar o açúcar e o queijo creme. Bater até que os ingredientes estejam bem combinados.
O creme pode comer-se à colher... Mas é melhor não! O melhor é aplicá-lo sobre o merengue às colheradas generosas. Aqui podemos ser tão generosos quanto quizermos...
E já ficava bem assim mas com a fruta é de morrer! Podem escolher a fruta que quizerem. Ananás, cerejas, pêssegos (pêssegos e amêndoas... um dia vou fazer de pêssegos e amêndoas), pêras com canela (para outro dia...), bem... é como imaginarem...
Escolhi os frutos do bosque porque acho que o contraste é lindo e também porque a acidez destas frutas abraça a doçura do creme e a sua textura suplica pela subtileza crocante do merengue.
Para abrilhantar espalhei pedacinhos de kiwi no meio dos frutos do bosque.
Et voilá!
A minha Pavlova de Frutos do Bosque.
É pura magia!
Agora vê-se...
... agora não...