Hoje o convite inclui uma viagem no tempo e no espaço. Nunca imaginei que, ao escolher esta receita, iria mergulhar bem no fundo da História da Humanidade e descobrir muito mais do que esperava de uma simples (assim o pensava) sobremesa.
Acontece que esta simples sobremesa foi, pelo que parece, criada pelo povo Assírio, na velhinha Mesopotâmia, no seio do Médio Oriente. Pois é! 800 anos antes de Cristo! Poderiamos dizer que está fora de prazo... mas não está. Hoje em dia, a sua origem é reclamada por uma série de países que se formaram ao longo dos anos no Norte de África e Mediterrâneo. Os Gregos, os Turcos, os Iranianos e muitos outros povos apresentam esta sobremesa como doce típico do seu país.
Boa Viagem!
BAKLAVA
Ingredientes (cerca de 20 unidades)
1 embalagem de Massa Philo (250 g)
350 g de frutos secos picados grosseiramente (usei nozes, castanhas do pará e amêndoas)
1 colher de chá de canela em pó
1 chávena de água
1 chávena de açúcar
1/2 chávena de mel
1 pau de canela
1 casca de limão
200 g de manteiga derretida
Pré-aquecer o forno a 170ºC.
Numa tigela, picar grosseiramente os frutos secos e misturar a canela em pó.
Num tabuleiro de forno com cerca de 12x25 cm, espalhar um pouco de manteiga derretida com um pincel de cozinha.
Retirar as folhas de massa philo da embalagem e cortar ao meio de modo a conseguir o dobro das folhas com o tamanho da forma.
Separar uma das folhas finas e dispor no fundo do tabuleiro. Espalhar um pouco de manteiga sobre a folha. Colocar outra folha de massa e repetir o procedimento cerca de 7 vezes. Entre cada folha deve pincelar manteiga derretida.
Espalhar um pouco da mistura de frutos com canela sobre a sétima folha de massa. Voltar a colocar folhas de massa pinceladas com manteiga num total de 4 folhas nesta camada. Repetir a camada de frutos e, de novo, outra camada de 4 folhas de massa intercaladas com manteiga. Após a última camada de frutos secos, a última camada de folhas de massa deve ter, pelo menos, 6 folhas. A última camada de massa é também pincelada com manteiga derretida.
A Baklava é então cortada em quadrados ou em losangos (mais caracteristico).
Coloca-se no forno durante 45 minutos, até ficar bem dourado na camada superior.
Entretanto, numa caçarola, juntam-se a água, o açúcar, o mel, o pau de canela e a casca de limão. Leva-se a lume brando, mexendo ocasionalmente e deixa-se levantar fervura até conseguir uma calda consistente. Reserva-se.
Quando a Baklava sai do forno é regada com a calda doce e reserva-se à temperatura ambiente. É um doce que se pode fazer de véspera.
É um doce muito doce, de paladar e aroma muito forte, que deixa marca na memória. Ou não teria chegado aos dias de hoje com tantos fãs.